Gerência da Paulista - Secretaria de Coordenação das Subprefeituras

Gerente e equipe,da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, exclusivos para cuidar e conservar a principal avenida da América Latina.

domingo, 14 de junho de 2009

Domingo é dia de história: Folia na Avenida Paulista

por Sylvio Neves da Rocha, no site São Paulo Minha Cidade

Nasci em São Paulo em 1928, no bairro Indianópolis, à Alameda Tapuias, e no mesmo ano fomos morar na Avenida Doutor Arnaldo, 1532, no Sumaré, na casa que meu pai construiu e que ainda existe. Tenho boa memória quanto às passagens da minha infância. Lembro-me que em 1933 ou 34, numa tarde de domingo, meu pai nos levou à Avenida Paulista para que fossemos (eu, irmã e irmão) provar Toddy, que era a novidade mais recente em São Paulo. Naquela época não havia bares e nem lanchonetes, por isso instalaram um balcão na calçada e ali preparavam e serviam o delicioso Toddy, que era procurado por muita gente.
A Avenida Paulista, como hoje, era palco de grandes acontecimentos e quem viveu durante as décadas de 1930 a 50, deve lembrar do corso que se realizava durante o carnaval. Os bailes em salões ainda não eram populares e a folia se restringia às ruas, especialmente na Avenida Paulista. A maior parte dos automóveis daquela época eram sem capota, conversíveis, o que
facilitava a alegria.
Na ocasião, o volume de confetes e serpentinas jogados à rua era tão grande que dificultava o tráfego e os automóveis eram obrigados a parar para que os garis fizessem a limpeza.
Quase todos usavam fantasias, máscaras, faces pintadas e a alegria era contagiante. Os automóveis paravam para que os foliões pudessem brincar entre si, dançando, pulando e cantando. Tudo era realizado dentro do maior respeito, mesmo porque os que participavam dessa comemoração possuíam automóvel e eram considerados a “elite” paulistana. A maior concentração era realizada no domingo de carnaval.
É uma pena que a juventude de hoje não possa ter idéia do que foi a vida de seus pais e avós para seguirem o exemplo, mas é a evolução dos tempos e a nós compete aceitar. Poder recordar já é uma dádiva.

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